Sempre achei mais fácil dizer sim, do que não. Não sabia que cada sim que pronunciava era um não implícito para milhares de outras coisas que rejeitava. As pessoas me massacravam, sugavam minhas energias, levavam minha vitalidade e entendi que não saber falar "não" para os outros é não saber dizer "sim" para si.
Acreditei que deveria fazer o bem para o "próximo" a todo custo, e me esqueci daquele que estava mais próximo o tempo todo, "eu". E entendi que ser santo é acidente, não escolha. Que só é possível quando sua vida se esgota antes do primeiro deslize. Santo é estátua, vida que acabou antes de começar.
Me diziam que quando uma porta se fechava, janelas se abriam. Mentira! A lógica que a vida impõe não é essa, dezenas, centenas, milhares de portas se fecharam na minha cara, nem uma fresta sequer ousou surgir no meu caminho. E percebi que portas ou janelas não possuem o dom de abrir-se por si, elas só se escancaram quando um corajoso as arromba. Portas são obstáculos a serem transpostos.
Me ensinaram que mais valia um pássaro na mão do que vários outros voando. E por muito tempo acreditei nessa bobagem, me omiti, deixei que os outros passassem e ficassem com os melhores lugares no espetáculo da vida, fiz o jogo deles, era o cordeiro manso. E compreendi que na selva da vida, só existe benefícios para as leoas selvagens, os outros animais se perdem na cadeia alimentar dos predadores. Há duas opções na vida, ser engolido ou devorar.
Deixei de ser expectador e passei a atuar, tomei o papel que me cabia, derrubei as portas que devia e agora mastigo, devoro e encho a barriga todos os dias.
Luna Pla♀ha
Fer, "lista de presença"? só pode ser coisa de professora neh! rsrsrs
ResponderExcluirBjs, parabéns pela qualidade dos textos!!!Estão ótimos!