29.9.08

STEVE: Sem palavras, apenas sentidos.

Steve: uma das minhas paixões, é um prazer compartilhar tamanho talento com todos vocês.
PALADAR






































VISÃO














TATO














OLFATO













AUDIÇÃO







"Certas palavras podem dizer muitas coisas;
Certos olhares podem valer mais do que mil palavras;
Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora;
Certos gestos, parecem sinais guiando-nos pelo caminho;
Certos toques parecem estremecer todo nosso coração;
Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais,
Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre."
(Vinícius de Moraes)

Luna Pla♀ha

17.9.08

As loucuras que só o Photoshop pode produzir

Essa é uma breve seleção do que pode ser visto em "photoshopdisasters.blogspot.com", fiz uma seleção das piores gafes do Photoshop.


Perfeita! Faria inveja a qualquer Deus ou Deusa. Mas para um humano é incompleta, lhe falta o que deveria ser sua primeira cicatriz e a marca da ligação com aquela que lhe trouxe à vida.
A pergunta que resta é : Onde está seu Umbigo?



Essa mulher é danada! Não consegue ficar sozinha, está sempre acompanhada. Vejam só, foi clicada com seu mais novo "afair", o Mãozinha da Família Adams.







Ou ele está perdidamente apaixonado, ou se envolveu em alguma confusão, porque ele perdeu a cabeça literalmente. Sem trocadalhos do Carilho (como diria meu amorzinho).








Essa é a foto que melhor ilustra a frase "Homem cobra, Mulher polvo". Com três mãos quero ver se ela não consegue agarrar esse príncipe encantado.






Luna Pla♀ha

12.9.08

Adolescência

"Na adolescência as garotas procuram um príncipe, os garotos procuram peitos.Quando adultas procuram, uma boa companhia, um bom partido e eles...Ah eles continuam procurando peitos." (Mário de Andrade)


A adolescência é uma fase pela qual toda criança deve passar e todos os adultos, de algum modo, superaram. A adolescência é o período que marca a transição da infância à vida adulta, é um momento cercado por conflitos, afinal uma criança insiste em habitar um corpo que já não é mais infantil.

Os conflitos têm início dentro de si, pois cabeça e corpo não são mais coesos desembocando em preocupações, intransigência, rebeldia, furor e ímpeto juvenil. A adolescência marca a passagem de um período estruturado (infância), no qual a única preocupação daquele que a vivencia é não preocupar-se, para um outro período (vida adulta), no qual as decisões devem ser tomadas por si só, e o entremeio desses dois períodos é desprovido de estrutura, não há preparo para a vida adulta e não há aviso prévio para a saída da infância que não a adolescência.

É fato que a natureza estipula um prazo para a estréia na vida adulta, de repente você sangra pela primeira vez e lhe dizem que agora você não é mais criança e que deve se comportar como uma moça, porém não é o que seus sentimentos com relação a você mostram ou o mesmo acontece quando aparecem alguns pêlos e alguém lhe diz que você já é um rapazinho, mas você continua sentindo-se o mesmo, independente das mudanças físicas.

Esse período da vida denominado adolescência, e por tantos outros ironizado com o título “aborrecência”, é de grande valia tanto quanto a infância, pois são as informações adquiridas nessas duas fases que estruturarão o futuro adulto. A amenização dos problemas enfrentados no prenuncio da juventude é possível com a diminuição das cobranças que recaem sobre esse ser em construção, afinal cada qual tem um tempo de maturação. Ninguém cresce da noite para o dia, mas o corpo muda nessa velocidade, a adolescência é uma fase de tamanha dificuldade de compreensão para aquele que a vivencia, pois é o período da conciliação de um corpo que mudou abruptamente e uma mentalidade que insiste em permanecer.





Luna Pla♀ha

8.9.08

"1 real da sorte"

"Não tenho medo de ser a vilã da história, porque os anti-heróis são verdadeiros, escancaram o que querem e o que pensam e não surpreendem quando o que está reprimido vem à tona. A bondade é uma máscara que um dia cai. " (Luna Platha)


Hoje meu espírito melancólico não me permite contar nada engraçado:

"Minha onda de tristeza começou quando num belo dia de muito sol e pouca grana, final de mês, contenção total de gastos, eu passeava alegre e saltitante pelo centro da cidade. Sempre tive algumas crenças, para a maioria das pessoas é bobagem, tolice ou esquisitice, mas eu creio que quando uma nota (dinheiro) vem com alguma inscrição que remeta a uma mensagem divina, tenho a obrigação de guardá-la para dar sorte (veja bem, não é incentivo a depredação de patrimônio público, é símbolo de desapego das coisas materiais), caso contrário, se eu ousar pensar em gastar a grana eu ficaria dura, lisa, sem tutu, merreca, dim-dim, por exatos sete anos (período sugestivo e demasiadamente criativo). O fato é que em minha carteira residia aquele que eu chamava 1real da sorte. Ele surgiu derepente, mansinho, sem que eu notasse caiu na minha mão, vi sua cara, olhei nos seus olhos, mas tentada e curiosa fui descobrir o que havia na sua outra face. Minha querida nota não era falsa, mas tinha duas caras e na sua outra face se encontrava os dizeres: _"Galinha que acompanha pato morre afogada". Vocês devem estar se perguntando "o que de divino tem nessa mensagem para que eu não descarte essa nota como tantas outras", veja bem, mas veja muito bem, é um sinal de Deus, só poderia ser do todo poderoso, não falo do Jim Carrey, falo do cara la de cima (que a xuxa tanto cita, apesar dos boatos dizendo que ela é chegada no outro l..l), primeiro ele me enviou um sinal através de sonho, no meu pesadelo eu sofria um ataque de galinhas da Angola, gigantes e horrendas, depois minha mãe veio com um papo de fazer uma galinha caipira para o almoço de domingo, abri o jornal e na primeira página estampada a notícia "assalto na granja, levaram entre galinhas e ovos uma encubadora cheia de pintos (pinto de galinha, tá gente, falo isso para os maliciosos - Clé e Ti), ladrão que rouba ovo e galinha, é o fim da linha, mas continuando lembro-me de ter passado na frente de um outdoor e lá estava uma pata atravessando a rua com uma dezena de patinhos (não são galinha, mas se um deles fizer cocoricó me engana, fácil, fácil), depois encontrei o Léo, aquele galinha, no almoço tinha ovo frito e quando fui até uma loja de conveniências comprar um "ovomaltine" me deram de troco o 1 real que falava de quê? De quê? De galinha e de pato, agora me diz, é ou não mensagem divina? Guardei a nota sem pestanejar, um frio gelado me cortou a espinha, aquela ave desengonçada que nada faz direito, não voa, não anda, não nada, me desestabilizou e por incrível que pareça onde quer que eu passasse só ouvia falar em ovos, frangos, patos e galinhas.
Algum tempo se passou e esqueci o bendito dentro da carteira até que num outro momento de intensa dureza, quando não tinha um tostão furado, foi por sugestão de meu afaier que me encorajei e decidi gastar o precioso dinheirinho, comprei minha sobremesa naquela fatídica quinta-feira, eram 6 paçoquinhas, tão bonitas e perfeitas dentro da caixinha formavam um desenho geométrico. Esperei chegar em casa e degustei a primeira daquelas delícias, tão suave, tão gostosa, se desfazia pouco a pouco em meio a minhas glândulas salivares. Num gesto autruísta e despretencioso deixei de bom grado 3 suculentas maravilhas para meu namorado.
Entreguei-lhe o presentinho, o que outrora fora forma geométrica agora são pontos deslocado num espaço extenuante, ele recebeu, mal agradeceu e foi comendo tão depressa que não conseguia respirar. Foi falando o inaudível e eu me esforçava pra entender o incompreensível. Num certo momento da conversa ele falou mal dos deliciosos docinhos, esse meu namorado, só a cara é de anjinho, e para responder a altura eu lhe disse:"_Que é que tá dizendo, sabe o que você está fazendo? Fica quieto, pára! Você está comendo meu 1 real da sorte."
Despencamos a rir, os dois bobocas, sem entender ao certo o que estava acontecendo. O fato é que tento, mesmo quando as coincidências são tamanhas, a não me apegar a essas bobagens de azar e má sorte. Adorei ter conhecido meu querido "1 real da sorte", ele rendeu muitas paçocas e risadas contagiosas.




"Hoje meu espirito esperançoso me permite rir das desaventuras e saudar os momentos que a vida me reserva. "


Luna Pla♀ha

4.9.08




É complicado estar apaixonado. Seus sentimentos são conturbados, sua cabeça está nas nuvens e seus pés em qualquer lado. É tão difícil, eu não queria estar apaixonado.


A autonomia que, nem sei quando, mas um dia esbravejei que conquistei e agora tinha, caiu por terra, desmoronou, perdeu-se com meu olhar desfigurado, turvo, torto, morto e no fundo amargo de quem ama e esquece que existe. Porque amar é um castigo. É viver em função da aceleração cardiaca de um terceiro, quarto ou quinto,que por vezes não lhe nota, te amarrota e poe no lixo, por essas e outras que eu digo, amar é castigo.


Se ele ri, você chora porque achou bonitinho, se adoece, você se apavora por conta do seu zelo e seu carinho, se te trai, você perdoa porque o ama mesmo quando te magoa, se te deixar você não vive porque a cada respiração dele seu pulmão permite a entrada de ar no teu organismo. Por essas e outras que digo, um organismo apaixonado vegeta, não pensa por si, é irracional, um não-ser, uma bromélia, um musgo, algo surreal.


Quando se está apaixonado, os amigos ficam de lado. A família que escolhemos, pela qual lutamos é pequena, diminuta e mesquinha perto da grandeza daquilo que o platonismo almeja. Viramos as costas, menbros, tronco e todo o resto para aqueles que decidiram estar de algum modo a nosso lado.


Com todas suas desaventuras, me questiono "_De que vale o amor?"


Verdadeiro, profundo, encrostado na rocha do coração, se apresenta, diz seu nome e alimenta com desejo e perdição. Sem amor a alma murcha, com ele se aprisiona. Das escolhas que fiz a mais acertada é o amor, os amigos que me perdoem, mas sem família um homem é só, sem amor ele é louco. Sem família um homem não tem passado, sem amor falta o futuro. Sem família eu seria o mesmo "eu", com amor sou tudo o que desejo.




Te amo Atos


Luna Pla♀ha

3.9.08

Sonho de Liberdade


Sempre achei mais fácil dizer sim, do que não. Não sabia que cada sim que pronunciava era um não implícito para milhares de outras coisas que rejeitava. As pessoas me massacravam, sugavam minhas energias, levavam minha vitalidade e entendi que não saber falar "não" para os outros é não saber dizer "sim" para si.

Acreditei que deveria fazer o bem para o "próximo" a todo custo, e me esqueci daquele que estava mais próximo o tempo todo, "eu". E entendi que ser santo é acidente, não escolha. Que só é possível quando sua vida se esgota antes do primeiro deslize. Santo é estátua, vida que acabou antes de começar.

Me diziam que quando uma porta se fechava, janelas se abriam. Mentira! A lógica que a vida impõe não é essa, dezenas, centenas, milhares de portas se fecharam na minha cara, nem uma fresta sequer ousou surgir no meu caminho. E percebi que portas ou janelas não possuem o dom de abrir-se por si, elas só se escancaram quando um corajoso as arromba. Portas são obstáculos a serem transpostos.

Me ensinaram que mais valia um pássaro na mão do que vários outros voando. E por muito tempo acreditei nessa bobagem, me omiti, deixei que os outros passassem e ficassem com os melhores lugares no espetáculo da vida, fiz o jogo deles, era o cordeiro manso. E compreendi que na selva da vida, só existe benefícios para as leoas selvagens, os outros animais se perdem na cadeia alimentar dos predadores. Há duas opções na vida, ser engolido ou devorar.

Deixei de ser expectador e passei a atuar, tomei o papel que me cabia, derrubei as portas que devia e agora mastigo, devoro e encho a barriga todos os dias.


Luna Pla♀ha

1.9.08

Quando tudo dá errado!


Minha mãe e minha avó sempre me falaram sobre o "tenebroso agosto - mês do cachorro louco", elas contavam histórias terríveis de um mês impiedoso que tudo desgovernava. Nunca acreditei nesse tipo de superstição, parece tolo acreditar que o simples fato de estarmos numa determinada época nos deixava propensos ao acidente e sabendo que o mês em questão foi adicionado ao calendário para satisfazer o ego de um imperador que se auto denominava "Augustus", torna essa crença mais sem fundamento do que ela aparenta.

As lendas e histórias fantásticas dessas mulheres foram marca presente na minha criação, e levo comigo, mesmo por vezes querendo me desvencilhar, esses mitos infantis. Hoje a humanidade discute , em demasia, as leis físicas da atração, os best-seller de nossa época trata da lei da atração, ou seja, daquilo que consciente ou não atraio para minha vida, e dentro dessa filosofia penso que posso ter constituído o fatídico 31 de agosto de 2008.

Era manhã de 31 de agosto, mesmo com todo meu desprendimento das ondas supersticiosas, não ousei tocar o pé esquerdo antes do direito no piso opaco e frio do quarto. Não acredito nessas lorotas que contam por ai, nessas história infantis que a "nona" contava para deixar nossos cabelos em pé, mais não queria que, caso algo não saisse como o desejado, minha cabeça fizesse qualquer ligação com o mês em questão. Tomei cuidado para que quando fosse ao toillette não ousasse embaixo da escada passar, sai tão rápido para não encontrar meu gatinho "Ploc", não acredito em sorte, mais não é um azar? Ganhar um gato preto quando de tantas outras cores poderiam me dar. Na rua desviei de todos os obstáculos, na minha maratona, apenas eu corria. Parei no sinal vermelho, a rua deserta, já podia atravessar, dei os primeiros passos, um carro louco, desgovernado vindo na minha direção, minha cabeça a mil "ele vai me atropelar, ele vai me atropelar", paralisei, foi por pouco, ele pode passar. Me benzi três vezes com o sinal da cruz, não é superstição, é que a mão tremia tanto e não sabia o que fazer com ela, e o sinal da cruz foi a primeira coisa que aprendi na vida, minhas mãos dançavam e foi um meio que encontrei de controlá-las.

Na casa dos pais de meu marido descobri que seu irmão diz ter emprestado minha bicicleta (que custou a bagatela de R$1500,00) para um coleguinha ir ao R$1,99, este por sua vez deixou minha magrela na frente da lojinha ("dá pra acreditar!"), ele quer me convencer que foi roubado. Não acreditei, ser roubada sim, mas com o minímo de dignidade, não aceito, em que mundo nós estamos? Primeiro, não se empresta aquilo que não é seu (cunhadinho), segundo, o que esse animal foi fazer no 1,99, e porque o demente não colocou uma trava na b.... da bicicleta? Será que ele acredita estar na Finlândia, onde os níveis de violência e furtos são quase inexistentes?

Fizemos um acordo, determinei um prazo e ele vai ter que pagar. Para reestabelecer o ânimo, meu docinho resolveu me convidar para um passeio, no caminho o carro quebrou, não ia para frente, não ia para trás. Nessa hora havia me esquecido que dia era para não me apavorar. Meu pai então num gesto raro de generosidade decidiu seu carro nos emprestar, escolhi o destino, não é superstição, mas nada dava certo, pensei "vamos então a uma romaria". Na entrada da cidade, o som do carro soava e as engrenagens a toda velocidade, o carro parou, refugou, não andou mais, chorei, me lamentei, queria morrer, mais não ia adiantar. No meu céu escuro a solução era o cometa, fomos para o rodoviária, entrei no buzão, com a cara amarrada e cabeça uma confusão, a noite chegava, mansinha e brava, escurecia e acalmava aos poucos meu coração.

As coisas voltavam ao seu eixo, e com todos os acontecidos ousei imaginar "o que mais de ruim poderia nos acontecer", mal acabei de pensar quando um carro chocou-se com a lateral do ônibus, uma chuva prateada de cacos escorria, muito sangue, gritos, uma correria. Nenhuma vida se perdeu, apenas sustos foram contabilizados. Chegamos em casa, subi a escada, fui para baixo do edredon como quem procura colo de mãe, sussurrei baixinho, aos pés do ouvido de meu marido _"Não é superstição, mais graças a Deus amanhã já é setembro!"

Luna Pla♀ha