Minhas fases...
Minhas épocas...
estranho,
diferente.
Invento em certos momentos
vícios pra me consumir
Nunca é o bastante
O pouco não sei conduzir
O pouco não sei conduzir
E sempre me despeço
sempre me disperso
me desinteresso
Do resto,
ah, nunca soube do resto.
As pessoas, meus vídeos
minhas fotos, meus arquivos
meus sapatos, meus livros,
todos me arrebatam,
me encantam, me divinam.
E se tornam pedras preciosas
no esquecimento.
Esse é o destino de todos os meus vícios
Ser o 'não-ser'
Queria eu ser só um vício
viver o fim e não o início.
Saber o gosto de degenerar,
sumir, se perder, definhar.
Porque o fim é infinito,
torna tudo mais belo, mais digno
O último sopro tem sempre mais sentido
É uma angustia boa
Querer preencher os pulmões
Se agarrar ao último fiapo de vida
No limite a vida faz sentido.
Luna Pla♀ha
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