17.2.11

Cronos

Por vezes neguei a realidade do tempo
O tempo que é presente no presente, foi futuro no passado, e é passado no futuro, me prende nesse regresso infinito que leva a irrealidade. O tempo não existe!
Traço riscos no nada, uma linha que foi, é e será. Conceitos, meros conceitos, mas apenas conceitos.
Minha cabeça pensante que um dia não há mais de pensar despreza as horas, os dias, os anos. Acho tolice as medidas que criamos, as prisões invisíveis que nos propomos.
Mas meu corpo, com seus hormonios enfurecidos tem uma pressa indomável.
Ser Jovem é díficil!
Minha mente e corpo vivem (real)idades distintas.
O que mais gosto na meia idade é a ausência do tempo. Estranho determinar um tempo pra falar da ausência dele. Quem vive essa fase (em geral) está sem pressa. Teve todas as experiências mal curtidas, mal vividas na juventude justamente pela pressa. Sem qualidade, só quantidade. E agora com mais idade vive para o verdadeiro prazer. Vive para viver.
Ah, como queria a obediência do corpo. Como queria saber procurar e vivenciar as melhores experiências, com calma, sem pressa.
Ser jovem é difícil, vou continuando meu caminho prisioneira de meu viço.

Luna Pla♀ha

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