26.8.08

Inauguração, by Luna


Há tanto o que se dizer na vida, há poucos que queiram escutar. As enfermidades de uma época se traduzem no olhar de idiotas, sendo que a última palavra não fora usada em sentido metafórico, mas no seu eu etmilógico, na transparência do olhar daquele que tem olhos voltados para si. Escrevo para o mundo e escrevo para mim..., na verdade escrevo porque ninguém quer ouvir. Alugar o ouvido alheio, só com hora marcada, numa sala fechada, e dentro da penumbra a voz soa, e ecoa num vazio sem fim, você cumpre o horário, paga os honorários, adentra a calçada, o mundo te engole e você descobre que está entalado com os mesmos problemas, voltaram os dilemas e você deve seguir.
Mas seguir para onde?
A sensação que se tem é de andar em circulos, as vezes bolinhas pequenas, miúdas, outrora bolotas imensas, grandes circunferências que depois do "360" é um grande e imenso "0" que se apresenta.
O ouvido parece um menbro esquisito, todo curvado, todo torcido prestes a se atrofiar, em nossa época para soltar os bichos, prozac natural e anti-depressivo, para não enlouquecer e desestressar, tem que teclar.

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