14.6.10

Febril


A carne reclama

as horas calam

o corpo esquenta

os orgãos param

O hálito quente

na madrugada fria

Um corpo doente

Inerte, sem serventia



Amo as rosas pálidas

cruas, cor de carne



Nas palavras

o sentido

Nos lábios

o gemido

A cor vermelha da pele

as células em chamas

que o corpo não revele

os versos que declama.





Luna Pla♀ha

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