18.9.11
No escuro
Gosto de sal nos lábios
Olhos vermelhos
E quando a noite me cobre
eu tenho que me olhar
Tudo escuro e quieto
O mundo dentro de mim passa a gritar
Os olhos viram mar
Solidão, eu não tenho lar
Me encosto onde a bondade alheia permite
Me deito onde a vaidade do outro deixa
Faço de alguns braços um pedaço de quarto
Me deito, aconchego, mas sei
Nada, nada é meu
Não tô buscando um pedaço de céu
Não me importa a aparência
Faço pros outros o que quero pra mim
Digna de pena?
Jamais
Luna Pla♀ha
10.9.11
Memória
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